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Os 60 anos do primeiro satélite artificial: o início da corrida espacial.
Os 60 anos do primeiro satélite artificial da Terra - o marco do início da corrida espacial.
SPUTNIK 1 - O primeiro satélite artificial da Terra e o marco inicial da corrida espacial.
Nos anos da segunda guerra mundial, os engenheiros russos projetaram e construíram uma série de foguetes de longo alcance, culminando com a criação do foguete R-7, de 280 toneladas e 31 metros de altura, que foi o primeiro míssil balístico intercontinental do mundo. Apesar de esse grande foguete ter sido concebido para o único propósito de transportar uma bomba atômica, o engenheiro Sergei Korolev (que mais tarde se tornaria engenheiro-chefe do programa espacial soviético) convenceu o primeiro ministro soviético Nikita Khrushchev a usar o R-7 para ser o lançador de uma pequena "lua" artificial.
Em 04 de outubro de 1957, o mundo ficou surpreso ao descobrir que o pequeno satélite da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (USSR), conhecido como SPUTNIK 1, tinha se tornado o primeiro objeto feito pelo homem a ser colocado em órbita da Terra. Surpreso também ficou Khrushchev que de repente percebeu o enorme potencial de propaganda política para a antiga União Soviética.
A União Soviética lançou a partir do cosmódromo de Baikonur (Kazaquistão) o satélite SPUTNIK 1, colocando-o em uma órbita elíptica baixa em torno da Terra, em 4 de Outubro de 1957. O pequeno satélite russo caracterizava-se como uma esfera de metal altamente polida (coberta por um escudo térmico feito de alumínio-magnésio-titânio) de 58 cm de diâmetro (montada com dois hemisférios de 2 mm de espessura, conectados por 36 parafusos), com massa de 83.6 kg, apresentando quatro longas antenas externas para transmitir pulsos de rádio. No interior da esfera estavam embarcados o dispositivo de suprimento de energia (baterias de prata-zinco), interruptor barométrico, sistema de regulagem de temperatura (interruptor de controle térmico e ventilador) e a unidade de rádio transmissor, que transmitia em 2 frequências distintas.
O SPUTNIK 1 podia ser visto aqui da Terra a olho nu, no início da noite, mas com certa dificuldade. Porém, os pulsos de rádio emitidos por ele, podiam ser detectados com facilidade por aparelhos receptores.
O satélite SPUTNIK 1 como ferramenta científica, forneceu aos cientistas algumas informações valiosas, como, por exemplo, que a densidade da camada superior da atmosfera poderia ser deduzida a partir do seu arrasto na órbita. Também, a propagação dos seus sinais de rádio, forneceu informações importantes sobre a densidade de elétrons da ionosfera.
Este sucesso surpresa de 1957 precipitou nos Estados Unidos, uma crise chamada "crise Sputnik" e desencadeou a corrida espacial entre os Estados Unidos e a extinta União Soviética, como parte integrante da Guerra Fria. O lançamento do satélite SPUTNIK 1 marcou o início de novos desenvolvimentos políticos, militares, tecnológicas e científicos.
SPUTNIK 1 - Ilustração por Vaz Tolentino.
