O Prazer de Observar
O PRAZER DE OBSERVAR A LUA
Nas deliciosas sessões de observações da Lua, mesmo experientes observadores, continuam encontrando diferentes aspectos das formações presentes em sua superfície, devido à constante mudança de luz e sombras que sempre criam novidades visuais. Isso torna-se vantagem contra a rotina e a monotonia nas observações, pois a Lua não repete precisamente a mesma visão ou aparência, proporcionando sempre novas e interessantes configurações.
Nosso satélite natural é um objeto tão espetacular, com sua superfície apresentando tantos detalhes estruturais, que não é de se espantar como muitos astrônomos profissionais e amadores escolheram a Lua para ser o objeto de estudo de suas vidas.
Existem tantos detalhes nas formações da superfície lunar que são visíveis através de um telescópio refrator de 100mm, por exemplo, que podem manter um ávido observador bastante feliz e ocupado, dedicando muito tempo de estudo ao longo da vida. Prova disso, reside no fato de que, um dos grandes e consagrados mapas da superfície lunar da história, o famoso “Mappa Selenographica”, confeccionado por Wilhelm Beer e Johann Von Mädler entre 1834 e 1836, foi ilustrado, baseado em observações através de um telescópio refrator Fraunhofer de 95mm de diâmetro na objetiva. Veja um pedaço do "Mappa Selenographica" na figura abaixo:
Apesar de a Lua ser composta por rochas maciças, regolito e lava endurecida, que dão forma às crateras, montanhas e “mares” e, de sua superfície ser exatamente a mesma observada por Galileu Galilei a mais de 400 anos, ela realmente não apresenta precisamente a mesma aparência visual duas vezes.
O constante jogo de mudanças de luz e sombras na espetacular topografia da Lua, combinado com o excepcional movimento de libração (movimento de oscilação do globo lunar que proporciona aos observadores da Terra enxergar cerca de 9% além da face visível normal), produzem interessantes e inesperadas imagens através da ocular.
Devido às várias atrações presentes nas formações da superfície da Lua, mesmo os observadores mais experientes muitas vezes se perdem completamente na orientação de sua real localização, principalmente quando usam grandes aumentos na observação das “terras altas”, salpicadas por crateras com tamanhos diversos, como também, na visualização das grandes cadeias de montanhas com seus picos.
Por tudo isso, não me canso de observar e fotografar a Lua, que esteve sempre presente como testemunha ocular do desenrolar de toda a história e evolução da humanidade, embelezando as noites e inspirando casais enamorados, proporcionando um clima romântico.