Eclipse Solar 14/12/2020
O Eclipse Solar Total de 14 de dezembro de 2020:
Em 14 de dezembro de 2020 os observadores situados em várias partes do Chile e da Argentina testemunharam um belo eclipse solar total, com a Lua bloqueando toda a visão do Sol (com exceção da fina corona solar), numa estreita faixa escura com cerca de 100 km de largura, que cruzou esses dois países e, também, os oceanos Pacífico e Atlântico.
Em outras partes da América do Sul, observadores testemunharam um eclipse solar parcial, com a Lua dando uma “mordida” no Sol (foi isso que vimos aqui no Brasil). O eclipse parcial foi mais facilmente observável no sudeste e no sul do Brasil.
O Eclipse Solar Parcial em Belo Horizonte / MG:
O eclipse solar foi visível de forma parcial na cidade de Belo Horizonte / MG. A partir do nosso ponto de vista na Capital Mineira, o belo fenômeno celeste ocorreu com magnitude máxima de 0,32, ou seja, apenas cerca de 32% do diâmetro solar foi coberto pela Lua.
O interessante fenômeno foi observado por aproximadamente 2 horas e 14 minutos, entre 13:02 HBr (16:02 UT) e 15:17 HBr (18:17 UT), com seu ponto máximo acontecendo às 14:14 HBr (17:14 UT).
Durante o eclipse, duas regiões ativas de manchas solares estavam presentes no hemisfério visível do Sol (AR 2792 e AR 2793), ambas abrangendo uma área equivalente a 10 MH ou 30,4 milhões de km² cada.
Imagens selecionadas do eclipse solar registrado pelo Vaz Tolentino Observatório Lunar em 14 de dezembro de 2020 usando um refrator Lunt LS50THα.
Magnitude de um Eclipse:
Trata-se da fração do diâmetro do disco do corpo eclipsado, que é coberto pelo corpo eclipsante. O valor da magnitude de um eclipse é normalmente expresso como uma fração decimal e, como já informamos, no caso do eclipse visto em Belo Horizonte/MG tal valor máximo foi de 0,32.
Um eclipse total do Sol proporciona a observação da coroa solar. Outro aspecto visual interessante para ser observado na totalidade de um eclipse é as “contas de Baily”, ou “grãos de Baily”. O efeito dessas “contas de Baily” (cujo fenômeno principal é conhecido como “anel de diamante”) é uma característica dos eclipses solares totais e anulares. Como a Lua cobre o Sol durante um eclipse solar, a topografia acidentada do limbo lunar permite que “gotas de luz solar” brilhem em alguns lugares, mas não em outros. O efeito é nomeado em homenagem a Francis Baily (1774 –1844), que explicou o fenômeno em 1836. O efeito do “anel de diamante” é visto quando apenas uma conta é deixada, aparecendo como um “diamante brilhante”, colocado em um anel ao redor da silhueta lunar.
O ponto máximo do eclipse parcial visto de belo horizonte - 14 de dezembro de 2020, 14:13:40 (17:13:40 UT).
Aspecto do Sol após o eclipse - 14 de dezembro de 2020, 15:19:42 (18:19:42 UT).