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Continentes e Mares Lunares.
Continentes e Mares:
Quando observamos a Lua, mesmo a olho nu, podemos facilmente distinguir os efeitos resultantes dos 2 processos geológicos universais que alteraram a superfície lunar: os impactos de corpos vindos do espaço e as inundações por grandes fluxos de lava basáltica vindos do interior da Lua (vulcanismo). Os resultados desses 2 processos são o relevo claro e esburacado das terras altas e os grandes mares de lava escura, planos e lisos, que ocuparam as planícies.
Os continentes lunares são as partes claras da Lua. São superfícies mais antigas e elevadas, conhecidas como “terras altas” ou planaltos (do latim, terrae), que foram “salpicadas” por crateras de impacto de todos os tamanhos e criaram um aspecto rugoso. As regiões de terras altas são ricas em cálcio e alumínio, o que lhe confere um maior albedo ou taxa de reflexão da luz, ou seja, são claras.
Foto: Exemplo de terras altas ou planaltos, próximo do polo sul lunar, no quadrante sudeste. Essa região é antiga, elevada, clara e cravejada por crateras de impacto de todos os tamanhos, que guardam os registros da rica história lunar. Foto executada por VTOL em 11 de abril de 2012, 02:21:52. (05:21:52 UT).
Os mares lunares são as partes escuras da Lua. São vastas áreas com formação relativamente mais recente, que foram preenchidas por camadas de lava basáltica resfriadas (vulcanismo lunar). As lavas inundaram regiões mais baixas, como planícies e o interior das grandes bacias de impacto. Também inundaram o interior de muitas crateras de impacto.
As inundações foram alimentadas por fluxos de magma que irromperam entre 3,6 e 2,5 bilhões de anos atrás. Esses fluxos eram provenientes de antigos vulcões e, principalmente, escaparam em grande volume do interior da Lua, através de fissuras e rachaduras da crosta. Essas falhas na crosta foram criadas pelos fortes impactos de asteroides e cometas que escavaram as grandes bacias e crateras lunares.
As enormes regiões cobertas por lava basáltica possuem superfície com aspecto liso, plano e escuro, como se fossem pavimentadas, apresentando poucas crateras de impacto. Essas grandes áreas são referenciados desde os tempos antigos como mares de lava.
Termos como “mar” (em latim, mare, plural:maria) foram cunhados pelos observadores lunares do Séc XVII. Isso porque eles achavam que as áreas escuras da Lua eram cheios de água, como os oceanos da Terra. Naturalmente, eles também imaginaram que as áreas claras eram como continentes. A tonalidade escura desses mares de natureza vulcânica deve-se à sua composição química, que consiste de basaltos com abundância de ferro e titânio.
Nosso satélite natural, possui também, outras áreas de tonalidade escura (baixo albedo), mas que são menores que os tradicionais mares de lava. Essas regiões menores que também foram preenchidas por lava basáltica, receberam outras denominações em latim, tais como sinus (baia), lacus (lago) e palus (pântano).
Foto: Os principais mares de lava da face visível da Lua. Foto da Lua cheia executada por VTOL em 18 de fevereiro de 2012, 23:14:30 (02:14:30 UT).
Foto: Vemos aqui um pedaço da parte leste do vasto Mare IMBRIUM. Como um típico mar de lavas, Mare IMBRIUM tem aspecto escuro, plano e liso. Ele se encontra num nível mais baixo do que as Terras Altas. O Mare IMBRIUM foi criado depois que enormes volumes de lava escaparam do interior da Lua, através de fissuras no fundo da bacia IMBRIUM. Tais fissuras foram causadas pelo colossal impacto que criou essa grande bacia.O trio de crateras que aparece na foto são (da maior para a menor) ARCHIMEDES, ARISTILLUS e AUTOLYCUS. A cratera menor localizada à esquerda e abaixo na foto é TIMOCHARIS. Foto executada por VTOL em 30 de maio de 2012, 21:41:10 (00:41:10 UT).