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A cratera concêntrica Hesiodus A.
(créditos: Vaz Tolentino.)

Informações sobre a Foto

A cratera concêntrica Hesiodus A.

(créditos: Vaz Tolentino.)

Crateras concêntricas:

Como são formadas as crateras concêntricas como Hesiodus A?

Geralmente, as crateras concêntricas são formações pequenas, apresentando diâmetro médio de 8 km. Essas crateras são chamadas de concêntricas, pois possuem anel interno, de origem indeterminada. O anel interno geralmente apresenta cerca da metade da largura da cratera. Existem perto de 60 crateras concêntricas na superfície lunar, com diâmetros variando de 3 Km até 20 km.  

Ao observar uma cratera concêntrica como Hesiodus A (diâmetro: 15 Km, profundidade: 1,4 Km, Coordenadas Selenográficas: LAT: 30.13o E, LON: 17.09o W), inicialmente, um observador pode ter a impressão de que dois impactos aleatórios ocorreram (ou impactos de um par de asteroides sequentes ou associados), precisamente um em cima do outro, escavando assim, duas bordas na mesma cratera. Porém, algumas hipóteses têm sido propostas, para explicar a verdadeira origem dos diferenciados anéis internos das crateras concêntricas.

ImagemA cratera concêntrica Hesiodus A fotografada em voo orbital pela sonda lunar robótica americana LRO da NASA.

Além de impactos coincidentes, essas hipóteses também englobam fenômenos de afundamento do piso da cratera por ação da gravidade e o afloramento de lava através de fissuras ao redor do piso da cratera, dispostas ao longo das bordas internas. Essa última hipótese parece ser a mais viável, apesar de haver outras variáveis envolvidas, tais como teor da lava, a taxa do fluxo, a viscosidade e a textura.

Porém, não existe exatidão para explicar por que, nas crateras concêntricas, as lavas afloraram para formar os anéis internos. Existe a possibilidade de ter ocorrido uma obstrução contra um escape de magma abaixo da cratera. Isso poderia ter levantado o piso da cratera, que mais tarde teria deflacionado no centro, causando assim o seu colapso, deixando um anel interno.

Existe também a possibilidade de que o denso material fundido (gerado pelo impacto que criou a cratera), localizado no piso interno, tenha resistido à elevação das lavas que queriam aflorar. As lavas por sua vez, podem ter empurrado para cima o piso, a partir de baixo.

Apesar de não sabermos qual a real motivação para a formação das crateras de anéis concêntricos, tudo leva a crer que haja uma íntima ligação com processos vulcânicos, envolvendo lavas que vem de baixo.

Cratera Hesiodus A:

Diâmetro: 15 Km;

Profundidade: 1,4 Km;

Coordenadas Selenográficas: LAT: 30.13o E, LON: 17.09o W;

Melhor período para observação: 1 dia após o quarto crescente ou no quarto-minguante;

Período geológico lunar: Provávelmente Ímbrico (de 3,85 bilhões até 3,2 bilhões de anos atrás);

Quem foi HESIODUS? Hesíodus foi um poeta grego ativo entre 750 e 650 aC.

Hesiodus A é uma pequena formação circular incomum, relativamente rara e muito interessante, localizada a sudoeste da cratera HESIODUS (diâmetro: 42 Km, profundidade: 1,6 Km), na margem sul do Mare NUBIUM. Hesiodus A é uma cratera de bordas afiadas, que possui superfície interna formada por dois anéis concêntricos ou, em outras palavras, por duas paredes internas concêntricas. O piso pertencente do anel interno é irregular e desnivelado.

Hesiodus A adentra ligeiramente a borda sudoeste da cratera HESIODUS, cujo aro é baixo e fortemente desgastado. A cratera HESIODUS tem piso interno inundado por lava basáltica com aspecto plano e liso, apresentando o impacto da pequena cratera Hesiodus D (diâmetro 5Km, profundidade: 0,87 Km ) muito próximo de seu centro.

ImagemO perfil altimétrico W - E detalhado da cratera Hesiodus A - LRO QuickMap.

Foto executada com apenas 1 frame em 01‎ de ‎maio‎ de ‎2013, ‏‎03:35:30 (06:35:30 UT).

Bo

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