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O mais longo canal na Lua: Rima Sirsalis.
Rima Sirsalis é o mais longo canal da Lua, apresentando 425 Km de extensão. Suas medidas médias de largura e profundidade são 3,5 Km e 230 m.
Trata-se de uma falha linear (canal linear) com uma forte anomalia magnética associada, que foi mapeada inicialmente pela sonda robótica espacial americana "Lunar Prospector". O magnetismo indica a existência de um grande dique vulcânico por sob o canal, que é o responsável por gerar essa forte anomalia magnética. O dique (lençol de magma com caminhamento vertical ascendente) forçou a camada superior de rochas da crosta para cima, ao longo de seu caminhamento, separando o terreno em duas partes, criando assim uma vala (longo canal de origem tectônica).
A direção desse extenso canal é radial à borda do Oceanus Procellarum e, possivelmente, o mensionado dique transportava grandes volumes de lavas para esse vasto mar lunar. A direção radial de Rima Sirsalis também significa que as forças relacionadas à formação do Oceanus Procellarum contribuíram para a criação desse longo canal, declarando assim, sua origem tectônica.
Abaixo o perfil altimétrico transversal NW - SE de Rima Sirsalis.
Canais lineares ou canais de muros paralelos são fraturas superficiais que foram formados quando tensões horizontais opostas, de grande intensidade, que causaram o alongamento das rochas da crosta, separaram o piso e formaram duas falhas ou fraturas paralelas e longitudinais, ocasionando o desabamento ou afundamento da seção da crosta entre as duas falhas, criando assim, as trincheiras ou valas lineares (conhecidos como "graben"). Logo, esse tipo de canal teve sua origem em eventos tectônicos. Os canais lineares ficam localizados por sobre lençóis ou caminhamentos verticais ascendentes de magma (intrusão subterrânea de volumes de magma pressurizado), conhecidos como “diques”, que empurravam para cima as rochas da crosta lunar, separando-as e causando muita tensão.
Os canais lineares podem estar presentes tanto nos mares de lava basáltica, quanto nas terras altas, onde costumam atravessar crateras de impacto e montanhas, refletindo a orientação das tensões na crosta lunar. As relações entre esses canais, sua abrangência linear, o material da crosta, juntamente das formações presentes no relevo lunar que eles atravessam e deformam, determinam a ordem relativa dos acontecimentos ou eventos lunares.
Foto executada com apenas 1 frame em 06 de outubro de 2014, 22:16:42 (01:16:42 UT).
Foto executada com apenas 1 frame em 14 de março de 2014, 23:21:34 (02:21:34 UT).
Foto executada com apenas 1 frame em 05 de maio de 2020, 21:27:16(00:27:16 UT).