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Cratera MARIUS e os Domos Vulcânicos da região.
(créditos: Tolentino.)

Informações sobre a Foto

Cratera MARIUS e os Domos Vulcânicos da região.

(créditos: Tolentino.)

Cratera MARIUS;

Domos Vulcânicos na região da Cratera MARIUS;

 Rima MARIUS:

 

Cratera MARIUS:

Diâmetro: 40 Km;

Profundidade: 1,5 Km;

Coordenadas Selenográficas: LAT: 11° 54′ 00″ N, LON: 50° 48′ 00″ W;

Período Geológico Lunar: Ímbrico incial (de 3,85 bilhões até 3,8 bilhões de anos atrás).

Melhor período para observação: 4 dias após o quarto-crescente ou 3 dias após o quarto-minguante.

 

Cratera MARIUS:

A cratera MARIUS apresenta-se como uma formação destacada e imponente, quando recebe iluminação solar oblíqua. Nessa situação, a borda interna de seu aro, que atinge 1,5 Km acima do fundo da cratera, torna-se muito brilhante, principalmente no amanhecer lunar.
 
MARIUS é uma cratera de impacto de morfologia complexa, apresentando muralha circundando seu aro exterior (formada por material escavado no impacto), paredes internas com terraços (seções circulares inteiras de materiais que se despregaram da borda interna e deslizaram para baixo, logo após ao impacto) e seu piso interno foi inundada por lava basáltica, criando um aspecto plano e liso.
 
A cratera MARIUS provavelmente tinha um pico central, que foi soterrado pela lava que fluiu por fissuras na crosta no fundo da cratera. As fissuras foram causadas pela energia do impacto na criação da cratera. Existe uma pequena cratera hospedada no piso interior de MARIUS (Marius G, com 3 Km de diâmetro). Existe também, uma pequena cratera hospedada na parede externa sudeste de MARIUS (Marius H, com 5 Km de diâmetro).
 
A cratera MARIUS localiza-se (coordenadas selenográficas: LAT: 11° 54′ 00″ N, LON: 50° 48′ 00″ W) numa região do Oceanus PROCELLARUM que teve alto índice de manisfestações vulcânicas no passado lunar. Nessa região existem centenas de domos vulcânicos (vulcões ativos no passado lunar)

 

Domos Vulcânicos na região da Cratera MARIUS:


As atividades vulcânicas na Lua cessaram a cerca de 1 bilhão de anos, sendo que o ápice dessas atividades, aconteceu a cerca de 2,5 bilhões de anos. Como não existem água e vento na superfície lunar,  os processos erosivos são extremamente lentos. Por isso, formações lunares com cerca de 2,5 bilhões de anos, conhecidas como “domos ou cones vulcânicos” (vulcões extintos - pequenas protuberâncias na superfície do lado esquerdo da foto), continuam preservadas. Essas formações eram vulcões ativos que ejetavam muita lava no passado lunar. A região da cratera MARIUS possui um grande aglomerado de “domos vulcânicos” (mais de 300). Tais domos foram formados por fluxos de magma mais viscosos do que os basaltos que formaram as lavas circundantes do Oceanus Procellarum. 

 

Rima MARIUS (alvo difícil para fotos de apenas 1 frame):

Coordenadas Selenográficas de Rima Marius: LAT: 17.0o N, LON: 49.0o W.

Período Geológico Lunar de Rima Marius: Ímbrico (de 3,85 bilhões até 3,2 bilhões de anos atrás).

Melhor período para observação: 4 dias após o quarto-crescente ou 3 dias após o quarto-minguante.

Rima MARIUS é um sinuoso e delgado canal de origem vulcânica, que inicia com largura de 2 Km, a cerca de 25 Km noroeste da cratera Marius C, sem apresentar nenhuma evidência de ponto de escape de lava, caminha na direção nordeste, quando então, faz uma curva para a noroeste, perto da cratera Marius B. Em seguida executa uma guinada para sudoeste e, em seguida, novamente para noroeste, chegando em Marius P, onde então, apresenta largura reduzida para 1 Km, quando, a partir daí, a largura diminui para 500m. Localizado a nordeste da cratera MARIUS (diâmetro: 40 Km, profundidade: 1,5 Km) este típico canal sinuoso, semelhante à uma fina serpentina, estende-se por cerca de 257 Km.

Foi o selenógrafo Johann Friedrich Julius Schmidt (1825 – 1884) quem descobriu a longa e fina Rima MARIUS, ao norte da cratera MARIUS, em 1862, pois até então não haviam registros sobre sua existência.

No passado, "rilles" ou canais sinuosos na superfície lunar, levaram alguns cientistas a pensar que as linhas curvas foram formadas por cursos d'água ou criados por algum "verme gigante". Com o passar do tempo e a evolução dos estudos selenográficos, essas ideias foram suplantadas.

As “rimas” e “rilles” sinuosos, são canais criados no passado lunar, por cursos de lava que fluíam declive abaixo, a partir de uma fonte ou ponto de escape de origem. Isto justifica encontrar essa interessante formação chamada Rima MARIUS, próxima ao complexo de domos ou cones vulcânicos, da região da cratera MARIUS. "Rilles" e "rimas" podem ser explicados como os restos dos canais de lava que, no passado, contribuíram para o a inundação dos "mares".

Rima MARIUS é uma tênue formação lunar, muito difícil de ser detectada com pequenos telesópios e, realmente, testa a habilidade de observadores experientes.

 

Foto principal executada com apenas 1 frame em 21‎ de ‎maio‎ de ‎2013, ‏‎22:45:58.

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