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Fotografamos novamente a cratera fóssil ou “superfantasma” sem catalagação, descoberta pelo VTOL em 22/02/2011. A foto foi executada em 10/04/2012, às 04h43m, sob condições atmosféricas e luminosidade semelhantes ao do dia de seu descobrimento.
(créditos: Tolentino)

Informações sobre a Foto

Fotografamos novamente a cratera fóssil ou “superfantasma” sem catalagação, descoberta pelo VTOL em 22/02/2011. A foto foi executada em 10/04/2012, às 04h43m, sob condições atmosféricas e luminosidade semelhantes ao do dia de seu descobrimento.

(créditos: Tolentino)

Um misterioso alvo na Lua:  uma suposta cratera “superfantasma” sem catalogação.

Na madrugada do dia 22/02/2011, por volta das 02h08min, na bela capital mineira, especificamente do Vaz Tolentino Observatório Lunar (www.vaztolentino.com.br – Lat: 19º 55’ 40.6” S / Lon: 043º 55’ 04.1” W), conseguimos fotografar um misterioso alvo na superfície lunar. O tal alvo apresenta-se como uma formação semelhante à cratera DAGUERRE (coordenadas selenográficas Lat: 11.9º S / Lon: 33.6º E) e a cratera STADIUS (coord. selenog. Lat: 10.5º N / Lon: 13.7º W), ou seja, uma cratera “superfantasma”, para a qual ainda não existe catalogação. Esta descoberta (que está sendo discutida pelos selenógrafos dos EUA) foi publicada no website americano LPOD (Lunar Photo Of the Day) em 13 de outubro de 2011 (http://lpod.wikispaces.com/October+13%2C+2011).

Fotografamos novamente esta cratera fóssil ou “superfantasma” em ‎10/04/2012, às ‏‎04h43m sob condições atmosféricas e de luminosidade semelhantes ao do dia de seu descobrimento (22/02/2011).  

A suposta cratera fóssil ou “superfantasma” mostra-se totalmente suplantada por lava basáltica. Porém, a delimitação do contorno circular de seu aro e os resquícios visuais de um pico central estão bem definidos pelo contraste do albedo, devido ao fato de a luz solar estar alta por sobre a superfície lunar no momento da execução da foto. Sendo sua posição (coord. selenog. Lat: 18.8º N /  Lon: 19.3º E) próxima à margem sul do Mare Serenitatis, onde a camada de lava é menos espessa, a suposta cratera foi coberta, mas não completamente enterrada, a ponto de nos deixar pistas de sua existência.

Parte da circunferência dessa suposta cratera, principalmente nas bordas nordeste e sudeste, parece estar delimitada por uma cadeia de cristas ou ondulações de lava do Mare Serenitatis.

Porém, as outras partes que definem o aro não possuem uma delimitação física externa, aparentando, por todo o conjunto, pertencer realmente a uma cratera inundada por lava, que apresenta um pico central bem definido e isolado, caracterizando uma cratera de impacto do tipo complexa, com diâmetro aproximado de 47 Km, quando comparado a PLINIUS (coord. selen. Lat: 15.4º N / Lon: 23.7º E), com seus 43 Km de diâmetro, que se posiciona a 126 Km a sudeste da misteriosa formação.

Sobre as imagens da sonda lunar americana LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter), verifiquei e constatei que as imagens do catálogo oficial da sonda lunar americana, disponibilizadas em (http://wms.lroc.asu.edu/lroc_browse/view/wac_nearside), não mostram com destaque os detalhes do contorno da cratera e nem seu pico central, devido principalmente à posição do Sol durante a captura da imagem.

Isto posto, quando nós conseguimos, a partir do nosso pequeno observatório lunar em Belo Horizonte, capturar uma imagem que mostra o contorno de uma suposta cratera “superfantasma” e seu pico central, certas variáveis contribuíram para esse feito:

- condições de iluminação;

- fase da Lua;

- libração;

- condições atmosféricas favoráveis;

- coordenadas geográficas do observatório;

- hora e minuto da captura da imagem;

- outros fatores técnicos (telescópio, câmera, etc.);

Tais variáveis formaram um conjunto muito específico de circunstâncias, que se resume numa única palavra: “sorte”.

Na realidade, não apenas “sorte”, mas perseverança de estar sempre de prontidão e perseguindo uma boa foto, nas sequentes noites de céu limpo e madrugadas frias.

Uma característica da superfície lunar que nos favorece no sentido de apontar esta formação como sendo de fato uma cratera “superfantasma”, além da soma dos fatores favoráveis descritos acima, é a questão do efeito de luminescência associada ao albedo. Existem comprovadamente na Lua formações ou fenômenos que são visíveis apenas em condições especiais, e invisíveis em outras condições. Um exemplo clássico são as raias brilhantes das crateras mais jovens, que não se revelam quando o terminadouro está próximo.

Com efeito, sabendo que a constituição do material do bordo das crateras é diferente do material da região circundante, seu albedo será consequentemente diferente. A suposta cratera “superfantasma” parece estar quase aflorando na superfície inundada por lava, o que pode conferir um efeito de contraste sob condições especiais.

Foto executada com apenas 1 frame em 10‎ de ‎abril‎ de ‎2012, ‏‎04h43m.

Bo

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