Fotos do Eclipse Lunar de 21/01/2019, tiradas por Helio Carvalho Vital / RJ.
Helio Carvalho vital escreveu (23/01/2019):
“Um denso cobertor de nuvens me impediu de ver a Lua eclipsada com nitidez, desde aqui da Tijuca, mas não me impediu de fotografá-la. Portanto, para fins de divulgação em seu valioso portal, a seu critério, seguem aqui algumas de minhas fotos do eclipse lunar total de 21 de janeiro de 2019. Infelizmente, essas fotos estão muito degradadas por ação de dispersão de luz nas nuvens, porém seguem como ilustrações.
Em algumas fotos, podem ser visto o escurecimento penumbral antes do início da fase umbral, em outras, a coloração azulada próxima ao início e fim da totalidade, indicativa da presença de ozônio na estratosfera. Noutras ainda, um pouco de laranja (L=3) no meio do eclipse dividindo espaço com uma bela coloração rosada (L=2), indicativas de um Número de Danjon próximo a 2,5, correspondente à magnitude de - 1,5, estimada por observadores do nosso grupo. Por sinal, esse valor indica um moderado grau de escurecimento do eclipse, provavelmente oriundo de uma explosão vulcânica estratosférica, com índice de explosividade moderado, ocorrida em meados de 2018, mas ainda não catalogada”.
Hélio C. Vital também escreveu (24/01/2019):
"Quanto ao brilho do eclipse, as observações de vocês e de alguns outros colegas não nos deixam dúvida: m=-1,5+-0,2 e L=2,4+-0,2.
Foi um eclipse de brilho intermediário, moderadamente claro e colorido, no qual um tom avermelhado, tendendo ao rosa (60%)(L=2), dividiu espaço com o laranja (40%)(L=3). De tal forma que Danjon ficou em L=0,6x2+0,4x3=2,4, que coincide perfeitamente com o valor que nossa correlação fornece: m=4,2+3*2,4+(2,4/2)^2 = -1,56. Não fica então nenhuma dúvida.
Ontem, passei a manhã buscando o responsável pela redução adicional na magnitude visual da Lua e penso que o encontrei. Trata-se de um vulcão que tem sofrido explosões frequentes desde 2017, incluindo duas nas quais lançou cinzas a mais de 12 km de altitude em meados do ano passado. Por ser recorrente, estava listado em outra relação e, por apresentar várias erupções recorrentes, acabou produzindo efeito semelhante a um vulcão de explosividade maior. Em virtude, disso, eu não o havia considerado adequadamente em minhas previsões.
A conta então ficou da seguinte forma: estratosfera totalmente limpinha=> m=-2,85, traços de aerossois deixados por 3 outras erupções de pequenina magnitude=>+0,45 em 2018 e influência das erupções levemente estratosféricas deste vulcão recorrente: +0,9. Total: m=-2,85+0,45+0,90= -1,50=> L=2,4".
Veja as fotos abaixo: