Informações sobre a Foto
Copernicus H: pequena cratera de halo escuro e o "cryptomare".
Copernicus H– pequena cratera de halo escuro.
Diâmetro: 4 Km;
Profundidade: 1.130 m;
Coordenadas Selenográficas: LAT: 06.89° N, LON: 018.29° W;
Melhor período para observação: 2 dias após à fase quarto-crescente ou 1 dia após à fase quarto-minguante.
Imagem: Lua cheia apresentando a abrangência da foto enfocando a cratera Copernicus H - VTOL.
Crateras de Halo Escuro: “Cinzas Vulcânicas” X “Cryptomare”:
Os halos escuros no entorno de crateras apresentam, como o próprio nome diz, baixo albedo (taxa de reflexão de luz), o que faz com que se destaquem do albedo da superfície circundante.
Uma cratera de halo escuro pode ser uma pequena cavidade que teve sua origem no vulcanismo, sendo que, o halo escuro do seu entorno, foi formado por deposição de material piroclástico ou cinzas vulcânicas. As cinzas escuras presentes no halo indicam que ali, no passado lunar, ocorreram erupções. Minúsculas cavidades desse tipo podem ser encontradas, por exemplo, no interior da grande cratera ALPHONSUS (diâmetro: 111 Km, profundidade: 2,73 Km) e no interior da grande cratera ATLAS (diâmetro: 87 Km, profundidade: 2,05 Km).
Porém, uma cratera de halo escuro também pode ter sua origem num impacto de um corpo vindo do espaço. Nesse caso, o halo escuro foi formado por material escuro escavado (basaltos de antigos mares) que estava escondido sob uma camada de material mais jovem e claro (alto albedo) que foi depositada por sobre a região. A referida camada de material claro teve sua origem nos materiais ejetados pelos impactos que criaram grandes bacias ou as crateras existentes nas terras altas próximas. Nesse caso, o halo escuro revela antigos materiais oriundos de cryptomare. Um exemplo desse tipo de cratera (criada por impacto e circundada por halo escuro de material escavado, oriundo de basaltos de antigos mares) pode ser encontrado próxima da orla noroeste do Mare NECTARIS, na região da grande cratera THEOPHILUS (diâmetro: 110 Km, profundidade: 4,1 Km) . Estamos falando da pequena cratera de impacto Beaumont L (diâmetro:4 Km, profundidade: 0,9 Km). Outro exemplo, é a pequena cratera Copernicus H (diâmetro: 4,5 Km, profundidade: 1,1 Km), localizada a aproximadamente 30 Km a sudeste da grande e destacada cratera COPERNICUS (diâmetro: 93 Km, profundidade: 3,8 Km).
Um depósito de cryptomare pode ser definido como parte integrante de antigas planícies vulcânicas (antigos basaltos), que foram posteriormente cobertas (enterradas) por camadas de materiais mais recentes e claros, ejetados pelos impactos que criaram bacias próximas ou as crateras das terras altas. A camada de material claro mascara a superfície basáltica anterior verdadeira, tornando-a oculta ou enterrada (crypto).
O estudo das crateras de halo escuro ("dark halo craters") pode fornecer informações importantes sobre a geologia, mineralogia e evolução de certos depósitos de materiais de origem vulcânica (cryptomare), que foram escondidos ou soterrados abaixo de camadas com materiais com alto albedo.
Antigas pesquisas selenográficas (e outras mais recentes utilizando tecnologia de radar) identificaram "cryptomaria" com base em assinaturas de ferro e de titânio dentro do terreno das terras altas, e também, pela presença de crateras com halos escuros, detectadas opticamente, formados por material máfico (mineral, magma ou rocha ígnea que seja rica em ferro e magnésio, porém pobre em sílica) escavado de certa profundidade.
A pequena cratera Copernicus H:
Copernicus H caracteriza-se como uma pequena cratera de impacto de morfologia simples, com formato de tigela e piso interno arredondado. Copernicus H apresenta-se circundada por um halo de material escuro. Essa pequena cratera possui 4,5 Km de diâmetro e cerca de 1,1 Km de profundidade.
A diferenciada cratera Copernicus H deriva seu nome da grande, bela e proeminente cratera COPERNICUS (diâmetro: 93 Km, profundidade: 3,8 Km), que está localizada a aproximadamente 30 Km a noroeste do ponto de impacto de Copernicus H. Esse nome homenageia Nicolaus Copernicus (1473 - 1543), que foi um famoso astrônomo e matemático renascentista, que formulou um modelo do Universo colocando o Sol, em vez da Terra, no centro do Universo, possivelmente independentemente de Aristarcjus de Samos, que tinha formulado tal modelo antes de Copernicus. Nicolaus Copernicus nasceu e morreu na antiga Prússia Real, uma região que fazia parte do Reino da Polônia desde 1466.
A cratera Copernicus H foi alvo de observação da sonda Lunar Orbiter 5 da NASA em 1967. Nessa época, acreditava-se que Copernicus H, fosse uma pequena cratera de origem vulcânica, com halo escuro criado por cinzas. Porém, fotos orbitais da sonda Lunar Orbiter 5, mostraram blocos de material ejetado (pedregulhos) no entorno do aro externo, similar ao que existe junto ao aro de outras crateras de impacto de mesmo diâmetro. Isso indicou que Copernicus H tinha sua origem real num impacto de um corpo vindo do espaço e não no vulcanismo. O halo foi resultante da escavação pelo impacto, de material mais escuro (basalto de mar) que estava suplantado (cryptomare) sob uma camada de material mais jovem e claro.
Imagem: O Perfil Altimétrico W - E da pequena cratera de halo escuro Copernicus H - NASA / LRO QuickMap.
Imagem: O Perfil Altimétrico N - S da pequena cratera de halo escuro Copernicus H - NASA / LRO QuickMap.
Imagem: A pequena cratera de halo escuro Copernicus H, fotografada em voo orbital pela sonda robótica americana Lunar Orbiter 5, da NASA.
Composição fotográfica: A pequena cratera de halo escuro Copernicus H, fotografada em voo orbital pela sonda lunar robótica americana LRO, da NASA.
Imagem: Foto em "close up" obtida em voo orbital pela sonda lunar robotica LRO da NASA, mostrando blocos de materiais ejetados (pedregulhos) no entorno do aro externo norte da cratera Copernicus H - NASA / LRO.
Foto executada com apenas 1 frame em 30 de maio de 2012, 21:32:44 (00:32:44 UT).
Foto executada com apenas 1 frame em 30 de maio de 2012, 21:32:36 (00:32:36 UT).