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INA - um alvo minúsculo, camuflado, diferenciado e dificílimo.
(créditos: Tolentino.)

Informações sobre a Foto

INA - um alvo minúsculo, camuflado, diferenciado e dificílimo.

(créditos: Tolentino.)

Foto: Lua cheia mostrando a abrangência da foto enfocando a formação INA - por VTOL.

INA - UM ALVO MINÚSCULO, CAMUFLADO, DIFERENCIADO E DIFICÍLIMO!

DESCRIÇÃO:

INA é uma minúscula formação de tonalidade diferenciada, de morfologia incomum, com dois tipos de superfícies estranhamente esculpidas (uma superfície lisa e plana e a outra com textura áspera), que possui altíssimo grau de dificuldade para ser observada ou fotografada a partir de telescópios baseados na Terra.

INA é uma pequena formação em forma de "D", com dimensões horizontais de 2,9 Km X 1,9 km, localizada de forma camuflada nas lavas lisas do LACUS  FELICITATIS, nas coordenadas selenográficas LAT: 18° 39′ 36″ N, LON: 005° 18′ 00″ E.

DESCOBERTA:

Essa estranha formação foi fotografada pela primeira vez pelos astronautas da missão APOLLO15, durante voo orbital, em 1971. Porém, somente após criteriosas análises das fotografias obtidas, ela foi depois descoberta. Essa descoberta foi uma grande surpresa, pois indicava o que poderia ser algum tipo de manifestação vulcânica recente.

Foto: Imagem capturada pela sonda lunar robótica LRO da NASA, mostrando a formação INA e seus dois tipos de superfícies estranhamente esculpidas.

O QUE É?

Apesar de ser classificada como cratera pela International Astronomical Union – IAU, a formação INA é considerada por muitos cientistas, como sendo de uma categoria especial, conhecida como “Irregular Mare Patch” – IMP, ou mancha irregular no mar de lava. INA foi a primeira “Irregular Mare Patch” descoberta. Hoje em dia já são conhecidas outras formações desse tipo na Lua, todas elas localizados em mares de lava basáltica.

ANTES:

Na época do descobrimento de INA, os cientistas afirmavam que a superfície de INA tinha baixo relevo, com apenas 30 m de altitude, e acreditavam tratar-se de uma jovem caldeira vulcânica. Poucos anos depois, cientistas interpretaram INA como sendo um respiradouro por onde gases escapavam do interior da Lua, com apenas alguns milhões de anos de idade, indicando ser INA, uma formação muito jovem, implicando na existência de recente atividade geológica lunar.

Tal interpretação baseou-se na contagem de micro crateras na superfície de INA, tendo como base as imagens da época obtidas pelo programa APOLLO. Verificou-se assim, a escassez de pequenos impactos em INA (principalmente em nas regiões rugosas), em relação à superfície circundante de lava lisa do LACUS FELICITATIS. Além disso, outros parâmetros como a preservação da textura rugosa de sua superfície rasa, com sua diferenciada tonalidade, também foram considerados.

Isto posto, a conclusão que os cientistas chegaram à época, foi a de que, com a existência da incomum INA, haveria a possibilidade de escapes de gases ainda acontecerem na Lua, o que talvez indicasse que a Lua não estivesse geologicamente morta, dando respaldo às ocorrências de Transient Lunar Phenomena – TLP.

Foto: Imagens de INA capturadas em voos orbitais pelas tripulações das missões APOLLO 15 (esquerda) e APOLLO 17 (centro e direita) - NASA.

PERFIL ALTIMÉTRICO:

Com os atuais recursos existentes para análise do relevo lunar, como o LRO QuickMap (http://target.lroc.asu.edu/q3/) da NASA, traçamos o perfil altimétrico NE – SW de diferenciada INA. Com o resultado obtido, na realidade, podemos notar que INA caracteriza-se como uma formação que possui depressão bastante semelhante a uma caldeira vulcânica, com aproximadamente 61 m de profundidade máxima, posicionada no interior de uma cúpula de perfil baixo. Por essa razão, a IAU classifica INA como cratera, assim como acontece com a caldeira vulcânica HYGINUS.

Imagem: O perfil altimétrico NE - SW da incomum formação INA, mostrando algo semelhante a uma caldeira vulcânica, com aproximadamente 61 m de profundidade máxima, posicionada no interior de uma cúpula baixa ou pouco íngreme - LRO QuickMap.

DEPOIS:

Com o lançamento da moderna sonda lunar robótica americana Lunar Reconnaissance Orbiter - LRO da NASA em 2009 (permaneceu ativa até 2015), novas câmeras de altíssima resolução foram empregadas na investigação da superfície lunar.

Com isso, recentemente, a equipe de cientistas da missão LRO estudou INA e chegou à conclusão de que, essa incomum formação, talvez seja tão antiga como as lavas circundantes do LACUS FELICITATIS. Tal conclusão foi baseada na contagem de minúsculas crateras de impacto reveladas nas recentes imagens da LRO, que possuem dez vezes mais resolução do que as antigas imagens obtidas pela missão APOLLO no início da década de 1970.

Novas análises feitas nos dois diferentes patamares de superfície em INA, apontam que o patamar liso e plano, estranhamente se revelou mais alto do que o patamar de textura áspera ou rugosa, o que foi uma surpresa geral. Apresentamos abaixo, o perfil altimétrico de um pequeno trecho que atravessa os dois tipos de superfície no interior de INA, mostrando realmente que o patamar liso e plano é mais alto que o patamar áspero:

Imagem: O perfil altimétrico de um pequeno trecho no interior de INA, atravessando a superfície lisa e a superfície áspera, mostrando que a superfície lisa tem maior altitude - LRO QuickMap.

O patamar liso e plano de INA hospeda muitos impactos de minúsculas crateras, de forma semelhante como ocorre nas lavas circundantes do LACUS FELICITATIS. Apesar de existirem menos impactos no patamar de textura áspera (o que indica ser essa superfície mais jovem do que o patamar liso e plano), os cientistas perceberam que a textura áspera não é tão jovem como se pensava na década de 1970, na época das imagens de baixa resolução. Os cientistas chegaram a essa interessante conclusão, baseado na recente contagem de micro crateras.

CONCLUSÃO:

Apesar de todas as análises feitas nas últimas décadas, na realidade, nenhum cientista definiu ao certo o que realmente é, como e quando foi criada essa especial formação, composta por dois diferentes tipos de superfície.

Foto executada com apenas 1 frame em ‎11‎ de ‎abril‎ de ‎2012, ‏‎02:53:52 (05:53:52 UT).

Bo

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