Informações sobre a Foto
A Montanha Central de ARISTARCHUS
ARISTARCHUS (diâmetro: 40 Km, profundidade: 3,7 Km, Lat: 23.7o N, Long: 47.4o W).
Foto nos mapas LAC 39 e LAC 38.
Melhor época para observação: 4 dias após à fase “quarto crescente” ou 3 dias após o “ quarto minguante”.
Poucas vezes fotos de ARISTARCHUS mostram a sua montanha central. Por ser a estrutura de grande porte mais clara da Lua, Aristarchus com seu brilho excessivo, bloqueia a visão de seu interior. Além disso, sua montanha central é de tamanho modesto. Para que, nessa foto a visão do pico central ficasse visível, contei com o ângulo favorável de incidência da luz solar e tive de aplicar um balanceamento específico entre brilho, contraste e exposição.
Note que, até em fotos tiradas por naves e sondas espaciais, a montanha central de Aristarchus aparece de forma muito modesta.
A foto abaixo foi tirada pela tripulação da missão Apollo 15.
foto: Apollo15 / NASA.
A foto abaixo foi tirada pela sonda espacial americana Celementine.
foto: sonda clementine / NASA.
Quem foi Aristarchus ?
Astrônomo e matemático grego (310 aC – 230 aC), nascido na ilha grega de Samos.
Aristarchus é uma destacada e brilhante cratera localizada no lado noroeste da Lua, perto do limbo e na parte sudeste de uma região conhecida como Aristarchus Plateau. Aristarchus é considerada a mais brilhante das grandes formações da superfície lunar, sendo bem visível a olho nu.
Aristarchus Plateau é um dos locais com maior interesse geológico do lado visível da Lua. É uma região elevada que contém várias formações vulcânicas, como por exemplo, sinuosas rilles (canais). Nessa região foram reportadas várias ocorrências de TLP (Transient Lunar Phenomenon – fenômeno lunar transitório, breve ou passageiro), que são descritos como aparições rápidas de luzes, cores ou mudança de aparência no visual, o que poderia demonstrar a existência de manifestações vulcânicas, escape de gases ou outros processos geológicos que supostamente implicaria que a lua não estaria geologicamente morta. O termo TLP foi criado em 1968 pelo astrônomo inglês Sir Patrick Moore, autor de mais de 70 livros sobre astronomia e colunista da revista inglesa Sky at Night.
Pesquisas feitas pela sonda lunar da NASA conhecida como LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter ) sugere que a cratera Aristarchus tem sua composição geológica composta por granito e pela rocha vulcânica rhyolito, fato que é raramente encontrado na superfície lunar.
A oeste de Aristarchus encontra-se a cratera Herodotus (diâmetro: 34 Km, Lat: 23.2º N Long: 49.7º W), com a superfície interna lisa e plana, inundada por lava basáltica.
A nordeste de Aristarchus está presente a cratera Prinz (diâmetro: 49 Km, Lat: 25.5º N Long: 44.1º W). É uma cratera “fantasma” que foi quase que totalmente submersa pela lava do Oceanus Procellarum.
Presente também no Aristarchus Plateau, existe um longo e proeminente rille (canal), conhecido como Vallis Schroter (Lat: 26.2º N Long: 50.8º W). Esse comprido canal que tem o aspecto de uma cobra e possui 168 km de extensão e largura de até 10 Km, dirige-se para o norte e depois para oeste. Vallis Schroter inicia-se com uma formação posicionada numa região alta, um pouco ao norte do local entre Aristarcus e Herodutus, conhecida como “The Head of Cobra” (a cabeça de cobra).Dados técnicos da foto:
Autor:
Ricardo José Vaz Tolentino.
Date and time:
08/22/2010, 03:49 UT;
Data e hora:
22/08/2010, 00h49m;
Foto com apenas 1 frame, sem longa exposição ou “empilhamento”. Não foram usados filtros.
Telescópio:
Refletor Dobsoniano SkyWatcher Collapsible Truss-Tube;
Diâmetro Espelho Primário:
305mm (12”);
Distância Focal:
1500mm;
Focal/Ratio - (f/):
5;
Tripé ou Montagem:
Dobsoniana;
Barlow:
Celestron Ultima 2X Barlow;
Câmera:
Orion StarShoot Solar System Color Imager II;